Empresas prestadoras de serviços: tudo sobre a gestão financeira

30 de julho de 2020


 

As empresas prestadoras de serviços têm uma dinâmica diferente. Por não comercializarem produtos, elas requerem um cuidado extra com a gestão financeira. Caso contrário, a chance de ficar no zero a zero, em vez de lucrar, é bastante real.

Por isso, é necessário fazer um trabalho efetivo e capaz de responder algumas perguntas, como:

Qual o faturamento médio mensal do seu negócio?

Qual o custo da prestação de serviços?

Quais são os gastos fixos e variáveis do mês?

Em quais períodos do ano há aumento ou diminuição da receita?

Chegar a essas respostas é o primeiro passo para as empresas prestadoras de serviços administrarem suas finanças. Neste artigo, vamos abordar a importância da prática, o que ela traz de positivo e negativo, e quais são as melhores dicas para aplicar na sua empresa.

A importância da gestão financeira nas empresas prestadoras de serviços

A gestão financeira contempla diferentes ações que abrangem planejamento, análise e controle das atividades referentes a investimentos, despesas, lucros, financiamentos, empréstimos e valor patrimonial do negócio.

Apesar do objetivo ser o mesmo — garantir um bom fluxo de caixa para honrar os compromissos em dia e fazer investimentos —, a gestão financeira nas empresas prestadoras de serviço precisa ser adaptada.

Isso porque o foco desses negócios não é a venda, mas sim a resolução de problemas do cliente. Desse modo, não tem necessidade de gerenciar o estoque, por exemplo. Por outro lado, é preciso cuidar da sua capacidade de atender às demandas.

Outra característica é o fato dos projetos serem desenvolvidos por demanda. Com isso, ocorre um contato mais próximo e o aumento das chances de personalização. Ainda se torna mais difícil realizar a automação da prestação de serviços, porque os projetos não são homogêneos.

Por outro lado, os custos operacionais tendem a serem menores. O problema é que o faturamento também pode ser mais baixo. Desse modo, a contabilidade de custos exige um cuidado maior, pois envolve valor por hora de trabalho e gastos de manutenção.

Assim, os objetivos a serem alcançados são diferentes. De toda forma, os propósitos dessa prática são:

auxiliar o negócio a crescer;

identificar gargalos e desafios futuros;

analisar o desempenho financeiro da empresa;

avaliar desvios dos indicadores financeiros, a fim de comprar o que estava previsto com o que foi realizado;

implementar medidas corretivas;

controlar o pagamento e o recebimento de contas.

Como fica claro, a gestão financeira é indispensável para qualquer negócio. No caso das empresas prestadoras de serviço, é uma atitude necessária para aumentar suas chances de sucesso no mercado e estabelecer boas parcerias.

Caso contrário, a chance de você deixar seus objetivos de lado e ter desequilíbrio nas finanças é grande. As contas começam a ficar no vermelho, e seu negócio pode entrar na lista de maus pagadores.

Isso é comprovado pelo fato de que, a inadimplência das empresas atingiu 6,2 milhões em janeiro de 2020, segundo dados da Serasa Experian. O índice apresentou alta de 9,9% em comparação com o mesmo mês de 2019. Desse total, 94,2% são micro ou pequenas empresas.

Em relação às empresas prestadoras de serviços, 50,2% estão endividadas. Esses dados demonstram a importância da gestão financeira e o que pode ser evitado por ela, inclusive a inadimplência.

7 dicas para ter uma gestão financeira eficiente

A melhor forma de gerenciar bem as finanças da sua empresa de serviços é adotar boas práticas. Muitos erros podem ser cometidos, como misturar as finanças do negócio, com as pessoais. Por isso, seguir as recomendações é a melhor maneira de ser eficiente. Veja algumas dicas do que fazer.

1. Confira todos os custos

O primeiro passo é saber quais são os custos da sua empresa. Eles podem ser divididos em:

fixos: são aqueles utilizados para o funcionamento da empresa e estão diretamente relacionados à prestação de serviços. É o caso de aluguel de escritório, internet, salário, seguros, parcelas de empréstimos etc., desde que tenha relação com a empresa;

variáveis: são valores que aumentam ou diminuem, de acordo com os serviços prestados. Ou seja, se tem trabalho, eles existem. Se não tem, são isentos. É o caso de manutenção de equipamentos, pagamento a fornecedores, comissões, impostos e mais;

de serviços: são custos específicos para a realização do trabalho. É o caso de transporte de colaboradores, materiais usados e horas trabalhadas.

2. Invista na redução de custos

As melhores estratégias são aquelas que aumentam sua margem de lucro. Para as empresas prestadoras de serviços, é necessário fazer um pente-fino nos gastos para identificar o que pode ser otimizado.

É o caso da adoção de um consumo consciente, a fim de evitar desperdícios com energia elétrica e água, por exemplo. Nos custos variáveis, negocie com fornecedores, revise as comissões e faça um bom planejamento tributário, com o objetivo de pagar menos impostos, conforme a prática de elisão fiscal.

3. Precifique de forma correta

Os preços são mais complexos para as empresas prestadoras de serviços. Aqui, é preciso avaliar o custo total, que abrange fixos, variáveis e de serviços. Além disso, é importante verificar a média do mercado para não cobrar acima ou abaixo.

Uma alternativa bastante usada é a personalização do orçamento, a depender do projeto a ser realizado. Nesse caso, contabilize quatro variáveis:

custos totais: é a soma dos fixos e dos variáveis;

produtividade: consiste no tempo para a conclusão do trabalho;

equipe necessária: é o total de pessoas que precisam ser envolvidas no projeto;

estrutura: envolve veículos, equipamentos e ferramentas utilizados.

Depois de chegar à conclusão desses critérios, ainda acrescente:

  1. mão de obra direta;
  2. encargos sociais;
  3. despesas operacionais;
  4. materiais de consumo;
  5. investimentos.

4. Monitore o fluxo de caixa

O fluxo de caixa precisa ser atualizado todos os dias para evitar inconsistências. É importante controlar entradas e saídas, e também projetar futuros ganhos e gastos. Lembre-se de considerar vendas a prazo e à vista, parcelas de empréstimos, resgates de investimentos e pagamento de fornecedores.

5. Calcule o capital de giro

O capital de giro é o dinheiro usado para manter as atividades do negócio em funcionamento. Para calculá-lo, você deve saber o total de:

  1. ativos circulantes: contas a receber, adiantamentos, resgates e mais;
  2. passivos circulantes: folha de pagamento, contas a pagar e impostos.

A partir disso, faça ativos circulantes menos passivos circulantes, para saber o resultado. A ideia é que, quanto mais longo for o prazo de pagamento aos clientes, maior deverá ser o capital de giro.

6. Defina indicadores de desempenho

A forma mais eficiente de saber como está a gestão financeira em uma das empresas prestadoras de serviço é utilizar KPIs, ou seja, indicadores-chave de desempenho. Você deve defini-los de acordo com a realidade da sua empresa. No entanto, os mais comuns para esse tipo de negócio são:

liquidez corrente: mostra se a empresa conseguirá pagar suas contas no curto prazo. É calculado pelo ativo circulante dividido pelo passivo circulante. Quando o resultado ultrapassar 1, é sinal de que o negócio honrará os compromissos assumidos;

lucratividade: sinaliza o lucro obtido em comparação com a receita total da empresa. É calculado pelo lucro líquido dividido pelo faturamento bruto. O resultado deve ser multiplicado por 100 para chegar a um percentual;

rentabilidade: indica se determinado investimento é válido. Seu cálculo é feito pelo lucro líquido dividido pelos investimentos. O resultado deve ser multiplicado por 100 e mostra o retorno obtido.

7. Invista na educação financeira

As possibilidades de estudos sobre gestão financeira são inúmeras. Vale a pena fazer alguns cursos direcionados para empresas prestadoras de serviços.

Dentro desse contexto, uma opção é o curso de Gestão Financeira e Estratégica para Empresas de Serviços, da Udemy. As aulas abrangem diversos assuntos, como:

estratégia de negócios e como montar um planejamento estratégico;

influência da estratégia nos preços praticados;

fundamentos essenciais da gestão financeira;

estratégia na construção de uma empresa sólida e com resultados;

dicas para fazer uma boa gestão financeira;

exemplos de indicadores a utilizar.

A possibilidade de prestar serviços ao exterior

Com essas informações, você pode pensar em atender empresas de outros países. Essa é uma forma de ganhar mais pelo mesmo serviço prestado, já que o dólar está valorizado, em comparação com o real.

Para chegar a esse patamar, além dos conhecimentos já citados e fluência no inglês, você também precisa de uma plataforma de transferências internacionais. Por meio dela, é possível fazer o envio e recebimento dos valores. No entanto, é preciso avaliar a qualidade e a segurança do serviço, além dos custos.

Uma opção é a Remessa Online. Com ela, você faz seu cadastro de forma gratuita e todas as transferências de dinheiro têm custo de apenas 1,3%, além da taxa de câmbio comercial. A quantia chega para o destinatário no prazo de 1 dia útil.

Com todos esses cuidados, as empresas prestadoras de serviço já estão preparadas para realizarem sua gestão financeira e terem bons resultados. Como está o seu negócio em relação a essas dicas?

Se você quer saber mais sobre transferências internacionais, acesse o site da Remessa Online e tire todas as suas dúvidas.

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