11/02/2025
Quando pensamos em dia um produtivo, uma das primeiras ideias que vêm à cabeça é a de um dia em que realizamos um grande volume de tarefas. Porém, quando se trata de uma empresa, a produtividade não tem a ver “apenas” com produzir muito. Trata-se da capacidade de transformar os insumos em produtos ou serviços da forma mais eficiente possível. “Empresas mais produtivas conseguem entregar mais valor utilizando menos recursos”, afirma Nelson Rosamilha, coordenador do MBA em Gerenciamento de Projetos e Agilidade Organizacional da Trevisan Escola de Negócios.
O que possibilita isso, entre outras razões, é o material humano. A 5ª edição da pesquisa “Saúde Emocional & Saúde Mental no Ambiente de Trabalho”, realizada pela School of Life em parceria com a consultoria Robert Half, mostrou o peso da conexão entre saúde mental e produtividade. Segundo o estudo, feito com líderes e liderados, 50% dos liderados responderam que têm a saúde mental impactada negativamente pela maneira como a cobrança por produtividade acontece na empresa onde trabalham. Isso acaba interferindo no seu rendimento. Não valorizar devidamente as questões emocionais pode trazer prejuízos ao negócio.
“Como disse Paul Krugman [economista norte-americano vencedor de Prêmio Nobel], a produtividade não é tudo, mas no longo prazo é quase tudo. O mais importante para um negócio não são os recursos que possui, mas a habilidade de fazer o máximo possível com eles. Indicadores centrais de desempenho – como lucratividade, rentabilidade, competitividade, solidez econômica, escalabilidade, valuation e perenidade – estão diretamente ligados ao nível de produtividade da empresa. Significa que o sucesso depende dela em grande parte”, afirma Diego Marconatto, professor associado da FDC (Fundação Dom Cabral).
Existem vários, mas alguns são indispensáveis para qualquer empresa, de acordo com Rosamilha:
Marconatto sugere uma forma de visualizar a produtividade: “De maneira geral, a lógica é medir quanto valor é gerado por um determinado recurso em um determinado período. Portanto, basta dividir o output total pelo input total. Exemplos: dividir o Ebitda (sigla que significa Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) total do mês pelo total gasto com mão de obra no mesmo período. Ou dividir o Ebitda total do mês pelo número de funcionários e terceirizados que atuam na empresa”.
É importante entender que a produtividade pode ser determinada pela comparação do desempenho ao longo do tempo e pela avaliação do impacto de fatores como inovação, capacitação da força de trabalho e eficiência na alocação de recursos. “Empresas que investem em capital intangível e promovem boas práticas de gestão tendem a apresentar maior produtividade”, acredita Nelson Rosamilha, da Trevisan.
A fim de medir a compreender o que a produtividade significa para uma empresa é necessário, para começar, considerá-la algo vital para o negócio. Diego Marconatto, da FDC, afirma que são poucas as empresas que conhecem sua real produtividade e ainda menos as que a monitoram. Ele aponta que uma empresa que não foca nisso não terá um crescimento sustentável. Ao adotar essa postura, passa a operar com uma nova mentalidade – fazer mais com menos – o que orienta todas as ações do negócio.
Além de incorporar o conceito no dia a dia, outras práticas que podem ajudar, de acordo com os especialistas, são:
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios